Nadabe e Abiú, filhos de Arão,
tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e sobre este, incenso,
e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara.
Então, saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu, e morreram perante o
SENHOR. (Levítico 10: 1,2)
INTRODUÇÃO
Nadabe
e Abiú eram sacerdotes. Eram filhos de Arão, a quem o próprio Deus havia
escolhido para ser o primeiro sumo sacerdote. Juntamente com Moisés, Arão havia
conduzido o povo de Israel pelo Deserto. Se alguém possuía um relacionamento
íntimo com Deus, estes eram Moisés e Arão.
Talvez pudéssemos esperar certa tolerância da parte de Deus ao tratar
com os filhos de Arão. No entanto isso não aconteceu. Por causa de uma
transgressão no altar, Deus reagiu de forma rápida e violenta, destruindo
instantaneamente. Eles não haviam profanado o altar com prostitutas nem
oferecido sacrifícios humanos, tudo o que fizeram foi oferecer um “fogo
estranho” ali. Não sabemos com certeza o que era esse fogo estranho. Parece-nos
que aqueles jovens sacerdotes estavam simplesmente experimentando formas
criativas de lidar com a liturgia. Isso nos leva à duas perguntas algumas
perguntas: Qual a natureza do ocorrido?
Que pecado eles cometeram?
1.
QUAL A NATUREZA DO OCORRIDO?
Temos duas hipóteses para explicar a natureza do que aconteceu.
A primeira hipótese é da explicação natural, defendida por teólogos
liberais que não creem na Inspiração da Escrituras. De acordo com esta hipótese, Nadabe e
Abiú acharam petróleo e ficaram curiosos para saber o que era aquilo. Assim
decidiram investigar o que aconteceria se o misturassem às substancias ardentes
do altar. Quando derramaram aquele petróleo no fogo, ele se inflamou e
explodiu, matando os sacerdotes imediatamente. Então, o liberais concluem que em uma sociedade primitiva, isso
poderia facilmente ser interpretado como manifestação súbita do julgamento dos
deuses. Dando-nos a ideia de que foi um acidente, em que crianças que estavam
brincando com fogo, e ocorreu a tragédia.
A segunda hipótese é da explicação
sobrenatural, que a historia registrada é um relato do julgamento
sobrenatural de Deus, pois afirma claramente "Então, saiu fogo de diante do SENHOR e os
consumiu". Pode até ter ocorrido por intermédio de recursos naturais,
mas aquele fogo que veio sobre eles não foi acidental. A morte dos rapazes deve
ser atribuídas à ira e ao julgamento de Deus.
2.
QUE PECADO ELES COMETERAM?
2.1. Embriaguez
A antiga interpretação judaica sobre
este fato, dizia que eles estavam bêbados quando ficaram diante do Senhor, o
que intensificava a gravidade de suas ações; como é exposto no texto, os
versículos 8 e 9 “Falou também o SENHOR a
Arão, dizendo: Vinho ou bebida forte tu e teus filhos não bebereis quando
entrardes na tenda da congregação, para que não morrais”. Entretanto, esta
interpretação ignora a o trecho do “trouxeram fogo estranho”, por isso penso
que este não foi o pecado cometido por eles.
2.2. Usar um fogo que não era o fogo de
Deus.
Dr. Russel Shedd explica esta passagem
baseado na lei do holocausto em Levítico 6: 12 e 13. Dizendo “O primeiro fogo
que acendeu lenha do sacrifício depois da consagração formal de Arão como
sacerdote, foi ateado por Deus conforme Levítico 9: 24. Esta origem
sobrenatural do fogo no alta serve para nos ensinar que nenhum sacrifício pode
ser feito pelo homem, é só a graça de Deus que o consome, que o torna
aceitável, que faz dele meio de expiação. Nenhum fogo feito pelo homem poderia
ser usado no altar do Senhor, e por isso mesmo que era tão importante que os
sacerdotes conservassem sempre acessa a chama que veio a existir de maneira
notável. O pecado de oferecer sacrifícios com “fogo estranho”, fogo ateado
pelos homens e não por Deus, foi justamente o que provocou a morte de Nadabe e Abiú.”
2.3. Usar um incenso proibido por Deus
Em Êxodo 30: 7 e 9, lemos “Queimará sobre ele o incenso aromático; cada
manhã, quando preparar as
lâmpadas, o
queimará. Não
oferecereis
sobre
ele incenso
estranho”. Baseado nesse
texto, concluímos que o pecado dos filhos de Arão foi colocar no incensário que já estava acesso (puseram neles fogo) um incenso que não foi ordenado por Deus (incenso estranho), produzindo assim um fogo estranho.
CONCLUSÃO
Será que tal atitude merecia pena de
morte? A Bíblia nos responde esta pergunta
em Romanos 6:23, “o salário do pecado é a morte”. Todo pecado é pago com a
morte, o fato de ainda estarmos vivos é pela misericórdia de Deus como diz o
salmo “as misericórdias de Deus são as causas de não sermos consumidos”.
Algumas pessoas vão dizer “as misericórdias do Senhor dura para sempre”, sim
isso é verdade, mas é verdade somente para os filhos de Deus, que sempre se
arrepende. Se você não for filho de Deus infelizmente, essa afirmação não é
para você, a não ser que você creia em Cristo e se arrependa dos seus pecados,
você será livre da condenação eterna. Deus é o justo juiz. Suas ordens foram e
são claras. O que nos assusta nesta passagem não foi o julgamento de Deus sobre
esses homens, mas sim a velocidade da sentença. O fato de Deus “demorar” com a
sentença sobre nós, não significa que não haverá julgamento, ou que seremos
absorvidos. A Bíblia é clara “o salário do pecado é a morte”. A não ser que
você corra para Cristo, você não estará salvo da condenação que esta sobre
você.
Autor: A.M. Freitas
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